quinta-feira, 29 de novembro de 2012

O frango e a fita métrica

Talvez o hábito do frango de granja que eu menos entenda, é o de ficar se medindo o dia inteiro. Mede o "bíceps" (na realidade é o braço, mas explique isto pro indivíduo) a cada meia hora, pra ver se tá crescendo. Parece que tá sempre com uma fita métrica no bolso. O cara se esquece que, no fim das contas essa medida é muito propensa a erros. Ora, uma trena ou uma fita métrica, não mede a composição corporal ou a quantidade de gordura, simplesmente diz se o braço aumentou ou não. Ainda é importante considerar as variações no tamanho decorrentes do último treino, por exemplo. O braço quente, ou depois de um certo tempo de um treino pesado, certamente estará um pouco maior.

O frango mais moderno diz que a solução está nas clássicas avaliações de academia. Mas será que estas avaliações são confiáveis? Me refiro a avaliação clássica, com aqueles adipômetros. É óbvio que não são soluções confiáveis. Primeiro, há que se duvidar da precisão do adipômetro, da sua qualidade. Segundo, cada vez que se faz a avaliação, o avaliador (mesmo que tentando usar as mesmas dobras) mede pontos diferentes do corpo. Muitas vezes muda o avaliador, de uma avaliação para outra. Por fim, este tipo de avaliação praticamente ignora a gordura localizada, dando um resultado de composição corporal muito impreciso.

Existem alguns exames mais precisos (e caros), é claro. Mas para quê? Pra que ficar se medindo, se pesando, se avaliando o tempo todo? Os ganhos não são tão rápidos assim, de um dia para o outro. E de quebra, o bom e velho espelho te dá as respostas necessárias. Verifique a evolução através dele, aí não tem erro: se ganhar gordura, ela vai ser refletida. Caso você tenha memória curta, pode utilizar fotos, mas cuide para a iluminação, a distância da foto, as poses, não distorcer o resultado.

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